sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cidade natal

                Apesar da amena temperatura noturna, amanhece um calor abafado. Vidros espelhados de matar pássaros, asfalto e fumaça cinza. Dizem que por isso faz calor!! É bonito como acham razões para tudo, menos para a vida. Mas também se achassem a razão do viver, não viveriam, ficariam se vangloriando do seu grande achado e desistiriam de percorrer seu caminho até ele. O ser humano é preguiçoso. Quando sabe o fim da jornada desisti de fazê-la. It’s a long way.
Acabo de começar a minha pequena jornada, cara inchada da noite não dormida. Sobre a brevidade da vida, valorização do ócio. E eu, na plena iminência do meu tão esperado ócio, busco enchê-lo de coisas que já verei de forma ou de outra em breves tempos futuros. Todos buscamos o ócio desde os tempos antigos, mas desde os mesmos damos um jeito de adiá-lo, dizemos que a aposentadoria chegará, que moremos na praia ou trabalharemos apenas umas vezes na semana. Adiamos nossa tranqüilidade de porque precisamos do sofrer. Sofremos então, porém não reclamemos do sofrimento, mas vivamos como se ele fosse nossa felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário